sexta-feira, 7 de março de 2008

Sorria, Dilma!

O presidente Lula fez um super teste, hoje, com a ministra Dilma Roussef, que seria sua preferida para sucedê-lo no Palácio do Planalto, ao lançar o PAC das comunidades carentes do Rio de Janeiro. É o primeiro projeto do poder público para urbanização efetiva e dotação com os serviços essenciais de favelas brasileiras. Levantou a bola da ministra Dilma, que parece continuar não muito à vontade em eventos públicos. Se continuar assim, perderá a chance de se tornar a primeira mulher presidente (ou presidenta) do Brasil. Fez caras e bocas. Simpatia, mesmo, pouca.
Lula tem razão ao afirmar que, se tivesse lançado o programa de urbanização das favelas em 2006, teria sido taxado de "eleitoreiro e populista". Aliás, o é, da mesma maneira, mesmo que não seja candidato em 2010. "Mas terá seus apadrinhados nesta eleição". Aliás, todo o programa do governo que atenda os historicamente excluídos é eleitoreiro. E no Brasil, com eleição a cada ano, só sobrariam dois para efetivar políticas públicas concretas.
Para usar um argumento que não exija muito esforço do cérebro, por que os marqueteiros de plantão nunca usaram como "estratégia de marqueting" fazer obras de urbanização e de serviços essenciais para tornar maior a presença do poder público nos lugares onde só entra como força policial repressora?
Talvez por que dar cidadania à milhões de brasileiros, empurrados para os morros desde a "abolição" da escravatura, custa caro demais, principalmente aos "pudores" daqueles que só querem dar direitos aos que já têm. Aos pobres, é "comprar seu pensamento", ou seu voto.

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