sábado, 1 de março de 2008

Dia do trabalhador antecipado

Manchete tímida no Correio Braziliense de ontem (sexta, 29): PAÍS NUNCA EMPREGOU TANTO NUM INÍCIO DE ANO. Pela primeira vez no país - é o que está escrito no Correio (Lula diria: nunca na história desse país, mas viraria chacota dos "esquerdistas" de plantão) - 51,1% das pessoas ocupadas são trabalhadores formais, empregados com todos os direitos trabalhistas respeitados. No início do do governo Lula eram 42,% os trabalhadores formais. Mas 49% ainda sofrem em subempregos para garantir o lucro dos patrões. Os louros vão para os patrões que estão confiantes no crescimento sustentado da economia. Se houver algum problema, aí sim, é culpa do governo. Deixa prá lá.
Os trabalhadores tiveram hoje outro ganho: o valor do novo salário mínimo, de R$ 415,00. 9,21% de reajuste, com ganho real perto dos 4%. A Medida Provisória foi assinada na sexta-feira e vale a partir deste dia 1º.
O DIEESE estima que serão injetados R$ 1,6 bilhão por mês na economia. Mais um argumento para quem considera que a distribuição de renda e riqueza é o melhor caminho para movimentar a economia, promover o crescimento de modo parecido em todo o país e reduzir as injustiças sociais. O mesmo DIEESE estima que para atender à Constituição, o salário mínimo deveria ser pouco maior que R$ 1,9 mil. Se a remuneração ao trabalhador pela sua mão-de-obra continuar sendo reajusta acima da inflação, acrescida do aumento do PIB e objetivando a distribuição da renda e da riqueza produzidos pelo trabalhador, é possível chegar lá. O grande nó é o pagamento das aposentadorias e pensões - que promovem distribuição de renda nos lugares mais pobres do país - e a economia das pequenas prefeituras. Bom, que tal tributar mais as grandes fortunas que, proporcionalmente, são as que menos pagam impostos??
Os demos e tucanos, que defenderam o fim da CPMF preocupados com a população mais pobre,poderiam defender essa bandeira.
PS.: O Dia do Trabalhador - e não dia do trabalho como tentam descaracterizar alguns - é dia 1º de Maio. Até lá, explico por que é do trabalhador e não do trabalho.

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