sábado, 17 de novembro de 2007

Itália criminaliza homofobia

O Governo Italiano acabou de instituir a lei que pune com pena de prisão de até 4 anos os crimes de homofobia. Discriminação, agressão física ou verbal, proibição de trânsito, etc, que caracterizem crime de gênero serão punidos pela lei italiana.
No Brasil, proposta semelhante já tramitou - e foi aprovada - pelas comissões da Câmara dos Deputados em caráter conclusivo, isto é, já poderia ter virado lei. Mas o pastor Manoel Ferreira (PTB/RJ), um dos representante da bancada evangélica na Câmara, coletou assinaturas para que a proposta fosse apreciada em plenário, por que considerou "insuficiente" o debate nas comissões. Qualquer conhecedor do Congresso sabe que é nas comissões que se dá o debate. Na verdade, sua atitude é apenas mais uma ofensiva de um segmento evangélico que não aceita a diversidade e pretende suprimir os direitos constitucionais dos homossexuais, bissexuais, transexuais e transgeneros. Seu embasamento "legal" são a bíblia e a religião, quando sabe-se que o estado brasileiro é constitucionalmente leigo. As atitudes destes segmentos dos evangélicos ferem o artigo 5º da Constituição Federal, o mesmo que avocam quando querem ter respeitado seu direito à manifestação religiosa. O que explica? Preconceito e intolerância puros.
O Brasil, considerado "liberal" quando se trata de liberdade de expressão sexual ou religiosa perdeu feio para a Itália, muitas vezes vista como careta por abrigar a sede da Igreja Católica. Se, no Brasil, a Igreja Católica assumisse uma posição de maior respeito à diversidade sexual, talvez vencesse a "cruzada" por fiéis que vem perdendo há tempo.
Na Itália, ficou claro que a liberdade religiosa precisa ter o mesmo respeito que a liberdade de expressão sexual. O que não ocorreu ainda no Brasil.
Veja, abaixo, o artigo do jornal "La Stampa".

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