domingo, 18 de novembro de 2007

Escravos do capital I

O Rio Grande do Sul e o sul do país são vistos por muitos como uma imitação de 1º mundo. Basta dar uma escarafunchada para ver que as necessidades básicas de boa parte dos cidadãos e cidadãs têm suas carências. Como em todo o lugar, o trabalho é depreciado pelos patrões. Apesar de os serviços públicos ainda se manterem em bom patamar, a remuneração pelo trabalho não é muito diferente das outras regiões do país. Ao contrário do que parece, tem se percebido nítida redução no pagamento à mão-de-obra e as desigualdades tem aumentado.
Principalmente no Sul do estado, onde a concentração de terras é maior, a dependência dos municípios da transferência de recursos federais também o é.
Na metade Norte, proliferam as favelas em torno das cidades de maior porte. Devidamente escondidas, até onde se pode. Junto com elas também se tecem "bons" discursos para justificar a pobreza. Bolsa Família é para sustentar vagabundo é apenas um deles. Grande parte dos novos favelados são ex-pequenos agricultores que deixaram a atividade sufocados pela política de concentração e não encontram emprego nas cidades.
Algumas práticas, vistas em lugares considerados "sem lei", também podem ser achadas no RS. O jornal Zero Hora denunciou o trabalho escravo a que eram submetidas 36 pessoas no centro do estado. Estarrecedor. Pior ainda é ouvir que os empresários não serão presos. Assim, a prática vai se tornar lucrativa de qualquer maneira. Incentivo ao descumprimento da lei.
Assim, entende-se por que, lá, os quatro anos do Governo Olívio foram incômodo fortíssimo aos "donos" do RS. O Estado precisa estar a serviço do capital!!!

Nenhum comentário: