terça-feira, 15 de outubro de 2013

Via Campesina ocupa sede do Incra em Porto Alegre

Na manhã desta terça-feira (15), cerca 1200 trabalhadores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Movimento dos Trabalhadores Desempregados, Federação dos Metalúrgicos e Levante Popular da Juventude, ocuparam o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em Porto Alegre/RS. Em pelo menos 11 cidades do interior do estado estão ocorrendo ocupação das agências bancárias. A expectativa das organizações é que as mobilizações façam avançar as pautas que estão sendo negociadas com os governos federal e estadual. Entre as principais reivindicações está à criação de uma Política Nacional Camponesa que apresente alternativas aos limites enfrentados no campo, garantindo condições para a produção de alimentos saudáveis. Outros pontos de pauta é a realização imediata da Reforma Agrária para as mais de 80 mil famílias acampadas, a renegociação das dívidas dos pequenos agricultores e a criação do Crédito Especial para a Reforma Agrária. De acordo com Marco Antonio Trierveiler, do Movimento dos Atingidos por Barragens e da coordenação da Via Campesina, os camponeses não tem prazo para voltar para casa. “Nós camponeses, queremos e sabemos produzir alimentos agroecológicos, mas só vontade da nossa parte não basta, precisamos de políticas públicas de incentivo a este tipo de produção”, destacou. No dia 16 de outubro, considerado pela Via Campesina como o dia de Ação Global pela Soberania Alimentar, os camponeses irão se organizar em várias atividades, mostrando à população a importância de uma alimentação com base em uma produção agrecológica, e irão reivindicar políticas públicas de incentivo a este tipo de produção. Outra pauta a ser reivindicada a liberação dos 100 milhões do Programa aprovado com o Governo do Rio Grande do Sul e BNDES. Além de concretizar este programa de nível estadual, a luta reivindicará que se amplie essa política nacionalmente beneficiando todos os camponeses. Os camponeses, juntamente com diversos movimentos e sindicatos urbanos, também estão lutando contra a privatização do petróleo, em especial o cancelamento do leilão do campo de Libra, na área do pré-sal, previsto para ocorrer no dia 21 de outubro. As ações que ocorrem no Rio Grande do Sul nesta semana fazem parte da Jornada Nacional de Luta dos trabalhadores. Assessoria de imprensa da Via Campesina: (54) 8101.7170

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